Uma imitação de Daniil Harms
Saramago, o melhor escritor português vivo com nobel, marcou um encontro de anciãos com Herberto Hélder, o melhor poeta português vivo sem prémio, mas, como estivessem longe, um em Lanzarote e o outro em Lisboa, combinaram encontrar-se a meio caminho. Por sua vez, Lídia Jorge, a melhor escritora portuguesa viva de quem não se tem ouvido falar, telefonou a Agustina, a melhor escritora portuguesa viva tout court, e as duas arranjaram uma sala nas traseiras da Pastelaria Doce Lindo, na Rua do Sol ao Rato. Compareceram não só os ditos anciãos mas outros melhores escritores portugueses vivos, alguns deles sem convite. Prado Coelho falou, Graça Moura distribuiu as esferográficas, a Gulbenkian pagou a conta, o patrão da pastelaria mijou-se a rir de felicidade.
Filipe Guerra
2 Comments:
Aguardo ansiosamente a notícia do encontro daqueles q são considerados "melhor escritor(a) vivo(a) a seguir a..."
Fodam estes sacanas todos.Excepto o Herberto, que tem umas barbas giras.
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