13.7.05

A matança dos inocentes

Vivemos em tempos de guerra: uma guerra sem convenções, sem honra, sem objectivos aceitáveis ou, sequer, compreensíveis - e muito menos justificáveis (ao contrário do que tem feito gente da nossa praça, com ingenuidade, desonestidade ou hipocrisia...). Afirmar que nada pode justificar o terrorismo contra cidadãos inocentes deveria ser um lugar comum. Mas, lamentavelmente, tal atitude ainda não se generalizou, mesmo em Portugal...
Esta guerra com que todos estamos a lidar tem causas profundas. Não me refiro à pobreza dos povos (promovida pelos seus líderes políticos ou religiosos que, depois, os manipulam, atirando todas as culpas para "o Ocidente"), pois quem está a liderar a matança dos inocentes vive na Europa ou na América com todo o conforto ou, vivendo no Oriente, não passa fome nem necessidades. Nem menciono a diplomacia (hábil ou desastrosa) das grandes potências. Estou a pensar numa grande miopia na leitura dos sinais que a História nos oferece (como, por exemplo, o facto do Islamismo ser uma religião que, desde o início, fez a sua expansão à custa da guerra). Recordo ainda, ao escrever este parágrafo, um pseudo-pacifismo cobarde que, ao longo dos séculos, tem sido causa de tantas desgraças na sociedade e no mundo, não esquecendo Lou Andréas-Salomé, que considerava o "pacifismo" uma frieza perante o sofrimento humano, e Marcel Proust que, numa das suas obras, afirmou: "o pacifismo multiplica às vezes as guerras e a indulgência a criminalidade". Meditemos todos nestas últimas afirmações...
Ao escrever estes parágrafos sobre a guerra terrorista que vivemos neste momento, não pude deixar de recordar dois poemas, de autores espanhóis, que reflectem de forma eloquente a dureza do confronto do ser humano com a violência gratuita. Aqui ficam as suas traduções - como homenagem aos mortos que a loucura tem levado da nossa existência física.

"Com o sangue até à cintura, por vezes / com sangue até ao limite da boca, / vou / avançando / lentamente, com o sangue até ao limite dos lábios / por vezes, / vou / avançando sobre este velho chão, sobre / a terra submersa pelo sangue, / vou / avançando lentamente, submergindo os braços / em sangue, / por / vezes engolindo sangue, / vou sobre a Europa / como na proa de um barco desmantelado / que escorre sangue, / vou / olhando, por vezes, / o céu / baixo, / que reflecte / a luz do sangue vermelho derramado, / avanço / com sacrifício, submergindo os braços em espesso / sangue / é / como um esperma vermelho empresado, / meus pés / pisam sangue de homens vivos, / mortos, / de súbito golpeados, subitamente feridos, / meninos / com o pequeno coração perturbado, vou / afundado em sangue / à porta, / por vezes / sobe até aos olhos e não me deixa ver, / não / vejo mais do que sangue, / sempre / sangue, / sobre a Europa não há mais do que / sangue. // Trago uma rosa em sangue entre as mãos / ensanguentadas. Porque nada mais existe / do que sangue, // e uma horrorosa sede / dando gritos no meio do sangue." (Blas de Otero, "Enchente" in "Ángel fieramente humano", 1950)

"Uma revolução. // Depois, uma guerra. // Naqueles dois anos - que eram / a quinta parte de toda a minha vida ? / eu havia experimentado sensações distintas. // Imaginei mais tarde / o que é a luta na qualidade de homem. / Mas para mim, criança, a guerra era apenas: // suspensão das aulas na escola, / Isabelita em cuecas na cave, / cemitérios de automóveis, andares / abandonados, fome indescritível, / sangue descoberto / na terra ou nas pedras da calçada, / um terror que durava / o mesmo que o frágil rumor dos vidros / depois da explosão, / e a quase incompreensível / dor dos adultos, / suas lágrimas, seu medo, / sua ira sufocada, / que, por alguma ponta, / entrava na minha alma / para desvanecer-se logo, rapidamente, / perante um dos muitos / prodígios quotidianos: descobrir / uma bala ainda quente, / o incêndio / de um edifício próximo, / os restos de um saque / - papéis e retratos / no meio da rua... // Tudo passou, / é tudo confuso agora, tudo / menos aquilo que apenas entendia / naquele tempo / e que, anos mais tarde, / ressurgiu dentro de mim, então para sempre: // este medo difuso, / esta ira repentina, / estas imprevisíveis / e verdadeiras vontades de chorar." (Ángel González, "Cidade Zero" in "Tratado de urbanismo", 1967)

Ruy Ventura

44 Comments:

Blogger Rui Manuel Amaral said...

Conheço mal a história das religiões. Mas parece-me um pouco exagerado dizer que "o Islamismo é uma religião que, desde o início, fez a sua expansão à custa da guerra". Ao longo da história, os cristão também não foram nenhuns santos. Também houve guerra santa levada a cabo por cristãos. Basta pensar nas cruzadas e na "reconquista cristã" da península. Nas escolas, os miúdos aprendem a admirar as glórias militares dos reis cristãos sobre os infiéis mouros.

10:02 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

http://jn.sapo.pt/2005/07/12/opiniao/os_senhores_andam_metro.html


Os "senhores" não andam de metro


por SÉRGIO DE ANDRADE JORNALISTA

Os "senhores do dinheiro" -- alguns dos quais são também "senhores da guerra" -- estiveram reunidos em Edimburgo com a plena consciência de que, lá fora, existia um Mundo cada vez mais perigoso. Não ignoram decerto que para que assim dão a sua quota-parte, quer enquanto "senhores do dinheiro", quer enquanto "senhores da guerra". E que vivem rodeados de inimigos, "bons" e "maus" inimigos.

Os primeiros são os seus próprios concidadãos. Todos excelentes democratas, os "senhores do dinheiro" (ou "da guerra") não limitam um, sequer, dos direitos dos seus compatriotas -- mas depressa aprenderam a evitar os espinhos da bela rosa que a Democracia é. Direito de greve sim, mas há limites, liberdade de Imprensa sim, mas haja bom senso, direito de manifestação sim, mas com jeito!

O Mundo será perigoso, mas com os "bons" inimigos ainda vão podendo conviver os "senhores". O pior são os "maus" inimigos, significativa parte deles gerados, não o ignoram, pela maneira como gerem o dinheiro, sempre na mão de minorias, ou como impõem a guerra, onde quem mais morre são os inocentes.

Má gestão do dinheiro gera fome e ódio e má gestão da guerra gera sede de vingança. Por isso, depois dos Estados Unidos e da Espanha, chegou a vez de o Reino Unido pagar a pesada factura.

Os terroristas gostariam decerto de atingir os "senhores". Mas eles estavam em Edimburgo, guardados por dez mil polícias, centenas de blindados e dezenas de aeronaves. À sua frente apenas os manifestantes, os "bons" inimigos. Mais longe, os "maus" inimigos colocavam as bombas em Londres, junto dos indefesos -- homens e mulheres que iam para o trabalho ou às compras. Os inocentes são sempre os primeiros a cair. Os responsáveis (em parte, que seja) por este absurdo incremento do terrorismo apresentaram os pêsames da praxe, após o que continuaram a falar de dinheiro e, eventualmente, de guerra. Serenamente, sossegadamente.

É que eles não viajam nos transportes públicos.



Sérgio de Andrade escreve no JN, semanalmente, às terças-feiras.

10:09 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

A Nau de António Faria (José Afonso)

Vai-se a vida e vem a morte
o mal que a todos domina
Reina o comércio da China
às cavalitas da sorte

Dinheiro seja louvado
A cruz de Cristo nas velas
Soprou o diabo nelas
deu à costa um afogado

A guerra é coisa ligeira
tudo vem do mal de ofício
Não pode haver desperdício
nesta vida de canseira

Demanda o porto corsário
no caminho faz aguada
Ali findou seu fadário
morreu de morte matada

A nau de António Faria
Leva no bojo escondida
A cabeça de uma corsário
que lhes quis tirar a vida

Aljofre pérola rama
eis os pecados do mundo
Assim vai a nau ao fundo
Sem arte a honra e a fama

Entre cristãos e gentios
Em gritos e altos brados
Para ganhar uns cruzados
Lançam-se mil desafios

Em vindo de veniaga
com a vela solta ao vento
Um mouro é posto a tormento
por não dizer quem lhe paga

Vou-me à costa à outra banda
já vejo o rio amarelo
Foi no tempo do farelo
agora é o rei quem manda

Faz-te à vela marinheiro
rumo ao reino de Sião
Antes do fim de Janeiro
hás-de ser meu capitão.

11:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

é isso Sérgio. mas os moralistas de pacotilha só estão preocupados com os seus belos condominios fechados da treta.

11:07 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

ó bom selvagem, não acha estranho que o bombista suicida aconteça na melhor altura para os israelitas?

11:10 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

O problema assente num facto: o islamismo assenta as suas bases no combate e na conquista das terras infiéis. É esse o cerne da sua acção.
O cristianismo também luta e mata, mas o seu palco é a preservação da fé em Cristo.
Ou seja, enquanto um inscreve a supressão do Outro, se não aderir, o outro depreda como razão subsidiária.
É por isso que, como um todo, os cristãos não se imolam em nome de Deus. E não esqueçamos que foram permeabilizdos pelas doutrinas humanistas, o que estimulou a tolerância e a democracia.
O islão é, pelo menos o histórico, absolutamente contra a democracia, isso está inscrito nele.
No que diz parte a juliana, só faltava que se dissesse que foi Israel a colocar as bombas.

12:04 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O comentário escapou-me e náo veio a minha identificação: ns.

12:05 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O cristianismo não conquistou terras aos infiéis? Isto nem parece ter saído da pena inteligente de ns.

12:24 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

há muitas maneiras de colocar bombas sem sujar as mãos sr. nicolau. não é nada de inédito. a história da mossad tem das mais belas páginas de horror da história - só rivalizando com a inquisição. e o cm tem razão em muito do que aqui deixou, ainda que se notasse a explosão em que estava. mas o sr. quer é cuidar da salvaguarda do seu condominio fechado. como o poderá entender ou ao sergio?

12:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Juliana deve brincar quando fala nos meus condomínios. Sabe quais são? Durante o fascismo ter sido detido duas vezes por ser anti-salazarista. Depois, ter tido a cabeça a prémio pelos fascistas, pois defendi o 25 de Abril de armas na mão. A seguir, tentaram difamar-me os "comunistas", buscando propalar que eu fora informador da Pide. E sabe quem os censurou e impediu de continuarem? Álvaro Cunhal, pois eles também tentaram difamar o seu amigo Feliciano Falcão que se pusera do meu lado.
A seguir, nunca lamber as botas a capitalistas e seus asseclas, sejam privados ou de Estado.
E nunca aqui defendi os mandões do ocidente, como não defendo os terroristas que lhe são contraponto ou antecessores.
E quando digo no seu todo, não me refiro a todos os islamitas, mas à doutrina islâmica em si.
Quanto a conquista, evidentemente que os cristãos também atacaram e têm largas culpas no cartório. Alguma vez os lavei?
Pois se até aqui um senhor de quem não refiro o nome me atacou por ter dito que os cristãos também matavam!
Mas não desviemos a questão: nada pode rasurar o facto de que a conquista do Outro é o cerne da doutrina islamita.
E quanto ao Al-Andalus, caro Bom Selvagem, foi um corpo frequentemente estranho no corpo islâmico e acabaram como acabaram ante a oposição dos radicais, não apenas dos cristãos.
Não queiram, os que fazem todos os esforços para compreenderem o radicalismo - esperam que lhes vinguem o leste implodido - fazer de mim o mau da fita.
O mau da fita é o terrorismo e todos os que, por raivas primárias ou despeitos clamam ante os massacres que isso é uma consequência da maldade ocidental.
Porque, também, existem vários ocidentes.
Um deles o ocidente que também, como os do Al-Andalus, criaram/criam cultura sem ter de fazer vénia a qualquer deus.
E ainda para juliana: você enganou-se no alvo. E quanto ao seu precioso sérgio, outros coments já lhe trataram da figura, não perco tempo com pequenos jogadores, com o devido respeito.

1:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Para bom selvagem: a questão não está em aceitarem a democracia ocidental, está em não aceitarem a democracia tout court.
A democracia que permite que mulheres não sejam excisadas e a que busca que não sejam condenadas por abortarem. A democracia que nos permite lutar contra a opressão, de deus ou dos homens.
E quanto à "revolução" de Khomeini, creio que está errado: eu lembro-me bem do que se passou, sou do tempo desse "nacionalista".
À luta contra o Xá, um argentário efectivamente, seguiu-se uma outra ditadura. Negá-lo é branquear a história.

1:39 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Amigo Bom Selvagem: agora não posso acompanhar mais tempo os coments pois tenho outras coisas a fazer e por isso, desculpe, tenho de ir embora. Mas queria apenas dizer - V. pergunta se não é irónico que em 1989 tenham proibido no Egipto as mil e uma noites. Não, não é irónico - é terrível e é um dado em que se deveria meditar.
Quanto a erotismo, havia belos textos(quem o desconhece? se até divulguei alguns!) que em geral não eram partilhados pelo povo, tanto mais que a mulher sempre esteve exposta a constrangimentos que existem quando a camada eclesiástica manda.
Por último, ter havido lindos jardins, estudiosos (que aliás os radicais perseguem, lembre-se do que se passa por exemplo no Irão, onde num belo dia foram presos duma vez 20 poetas, pelo facto de o serem e isto é dos jornais, a não ser que seja propaganda israelita eheh) e ruas bem calcetadas e excelentes esgotos - não faz esquecer o cerne da questão: a oposição da hierarquia islâmica a tudo o que represente modernidade, direitos do homem tout court ou seja: democra~cia e não me refiro à do Bush.
Os crimes dos bandos cristãos e seus asseclas não podem ser caução para o obscurantismo oposto.
Saudações.

3:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Faltou dizer, desculpe: a pedofilia não é doutrina de estado, é um crime de direito comum. Ao passo que a excisão é uma componente dessa doutrina pela banda eclesial - não só de lá como é óbvio.
...E ainda em referência à pedofilia, por favor não me faça falar do que sempre se passou no quotidiano islâmico, está bem?
Basta ler "A ponte sobre o Drina" e outros semelhantes para ficar esclarecido sobre a apetência dos bem nascidos árabes quanto a crianças...

3:31 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

o mau da fita? senhor nicolau! estamos ver muitos filmes americanos!
acho que deviamos pedir ao ns para ler menos. não está a conseguir digerir. ele é anarca e antifascista, ele é moderno, ele é anticomunista, ele é anti-islamico, ele é democrata, mas não buschiano (mais blair, suponho). o homem tá é cansado. e quando já não tem mais argumentos lá saltam os velhos dois coelhos do breviario. a condição feminina e a obscuridade antidemocratico-genetica dos arabes. valha-me deus, homem. esqueça o passado e olhe o presente. ou estamos na reforma?
não tentar compreender é pura demonstração de estupidez, tenho dito.
já agora, se não estivesse tão empanturrado e endoutrinado na solidariedade ocidental, saberia que foram os e.u.a. quem deixou cair o xá, que só depois as coisas começaram a correr-lhes mal.
essa estranha e nova solidariedade ocidental sim, corre o risco de ser em breve um novo fascismo ou dois!
quanto às suas avaliações, não sou burra, já tinha percebido, tudo são pequenos jogadores, menos v.ex.. a mim não me interessa o tamanho dos homens. mas o que eles dizem. mas o sr. é um gigante!

4:34 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

quanto ao bom selvagem.
garanto-lhe que não sou anti-semita. sou consciente da impotancia da cultura judaica na nossa cultura, alguns dos escritores que mais gosto de ler sao judeus, mas não posso deixar de achar mt. estranho; que jeito os atentados na siria e agora este dão ao sr. sharon.

outra coisa, deixemo-nos da conversa da treta, é verificar que israel é um estado que tem usado e abusado do holocausto para fazer valer situações geopoliticamente insustentaveis. porra, já chega de tentar calar a oposição com essa cega-rega do antisemitismo. porque foram vitimas não podem ser algozes, tambem esta nos genes? toda a gente esqueceu a política real do estado israelita, os assassinos selectivos, etc. porra.

4:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Já repararam que a juliana a única que faz é injuriar o nicolau?
e se não é burra até parece que é.

5:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

em grande medida esamos de acordo, bom selvagem. mas porque somos tão lestos a defender o mal de uns e a ter por insopurtavel o de outros? só vejo uma razao. é o medo. a historia esta cheia do medo do arabe, tanto quanto esta cheia da perseguição ao judeu. já sabemos no que deu a segunda. no que vai dar a primeira?

quem é esse carlos? faz-me ter saudades do outro.

5:28 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

furtado do Mar Salgado
"Ao longo dos séculos, os europeus negociaram a compra de escravos e ópio, negociaram a queda de marajás e sultões, negociaram territórios inteiros, negociaram como Diabo e com o filho dele. Negociar, procurar obter vantagem numa determinada situação, não é necessariamente um exercício moral e passional . O senhor Hirschmann até demonstrou as vantagens da nova ética.
Mas mais estranho para mim, é o som que vem dos novos sinos: há muçulmanos bons e muçulmanos maus, os bons têm de ser ensinados a separar a a religião do Estado, todos tendo de ser desenvolvidos, escolarizados e alimentados; Dito de outra forma, ocidentalizados. Seria fastidioso enumerar os filhos do direito de não-representação, batido na admnistração colonial da zona, que os europeus e americanos geraram. O próprio termo Médio-Oriente, foi inventado em 1902 por um historiador americano da Marinha, Alfred Manham, por razões de estratégia naval ligadas à importância do Golfo Pérsico.
Mais o que importa é o presente, e som dos sinos. Com que então há farruscos bons e farruscos maus: muito bem, como os distinguimos? Seguimos a via do inquérito ou da análise de conteúdo? E a propósito da secularização, pressupondo que os seduzimos a deitarem para o lixo a lógica da fiqh ( ou Figh'h) e do seu braço armado, a sharia, o que lhes oferecemos em troca? A MTV e o Spielberg, ou Kant e Locke?
Shabestari, ex-director do Centro Islâmico de Hamburgo, diz que falta à sociedade islâmica um corpo de conhecimento - uma filosofia jurídica sistematizada, uma filosofia compreensiva da ética, uma ciência económica - que não esteja incluido na jurisprudência religiosa. O problema é velho, embora os bravos sejam novos. Louis Massignon, o último orientalista europeu, preconizava numa deliciosa entrevista concedida em 1925 aos Cahiers du mois, que a laicização exportada para o Oriente acabaria por ter como resultado "preparar o campo para o duelo final".
A verdade é que o contacto ocidental com a terra média desequilibrou as velhas estruturas - colonizou e depois modernizou - tanto quanto permitiu o surgimento de novos espaços de liderança, que se arrogam de um sistema de interpretações dos deveres da jihad assaz peculiar.
Em muitos lugares, um muçulmano não sabe para onde se virar. Na Europa, no entanto, os meninos bem nascidos e educados, não se importam de morrer pela tal de Al Quaeda. Estranho: não vivem eles na terra de Kant e Locke? Dou uma ajuda: sim, mas também na de Lawrence e de Balfour; e na de Massignon, que bem nos avisou. E a tempo.
A ladainha que o terror se deve à fome e aos trapos, é apenas mais uma representação do território complicado. É a exportação do modelo da revolução industrial e da sua correcção social, para o tal sítio onde Shabestari diz não existir um corpo de conhecimento para o receber, a ele, ao modelo ocidental."

5:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Bush's war on terror is a colossal failure


Haroon Siddiqui says terrorists are targeting us because of our policies in Muslim lands, not because we are free



Madrid: 191 dead. Beslan: 330 murdered, half of them children. Riyadh and Jeddah: more than 100 killed. London: about 50 massacred.



Then there's the daily terror of Iraq, where more than 700 people have been killed in the last month alone.



Our leaders respond with revulsion and resolve, as they must, when the tragedy hits closer to home.



They walk the fine line between increasing security and causing panic, between feeling our pain and exploiting it.



Officials who need to be seen to be doing something are, on TV.



Breathless reporters, anchors and "security experts" spout scary scenarios, pontificate about the latest terrorist group about which they know nothing, and recycle such vacuous phrases as the "vertical vs. horizontal command structure" of Al Qaeda and its "metastasizing" cells.



Islam bashers renew their racist demand as to what Muslims are going to do about the horror.



But once we get past all that, and the empty editorials, what are we left with? This:



The war on terror has been a monumental failure. In fact, it has made matters worse.



You could see that in the words of George W. Bush and Tony Blair after the London blasts.



They contrasted the dastardly acts of the terrorists with their own good deeds for Africa and the environment. True but irrelevant. The terrorists are not from Africa and they don't care about gas emissions.



Blair added: "We will not allow violence to change our values and our way of life." And Anne McLellan parrotted: "We will defend our way of life."



This is a Bush-ian formulation: they hate us because we are free. It cleverly obviates any need for self-scrutiny.



It is also patently false.



Terrorists, if they are to be believed, are targeting us because of our policies in Muslim lands. Thursday's communiqu? made that clear enough.



Terrorists also have already changed our way of life.



Abu Ghraib. Guantanamo Bay. Secret prisons abroad. "Renditions." Torture. Assassinations. CIA abductions, even on the friendly soil of Italy.



Fear still rules America. Even after waging a war on false pretences, Bush can find refuge from low approval ratings by continuing to link Iraq to 9/11, as he did the other day before ? where else? ? military cadets.



Our own governments are invading our privacy, suspending civil liberties, criminalizing entire communities and repeatedly exhorting us to be "vigilant," thereby risking vigilantism, the anti-thesis of the rule of law.



All this may be excusable if it were making us any safer.



Combine this with the other failed elements of the war on terror, and you can see why we don't feel reassured by even the Churchillian calls of Blair ("We shall prevail and they shall not") and Bush ("We'll find them, we'll bring them to justice.")



Paul Martin and other leaders, cowered into co-operating with Bush, need to start saying that the emperor has no clothes.



Terrorists used to be spawned in Afghanistan, Saudi Arabia and Egypt. Now they mushroom in Iraq, even Europe.



So much for Wahhabism being the font of terrorism. What shall we do now? Bomb Europe?



Far from being "in its last throes," as Dick Cheney claims, the insurgency in Iraq is getting worse. Iraq is also sliding into civil war and lawlessness.



Condoleezza Rice, helicoptered in and out of the walled American headquarters in Baghdad, urges Arabs to send envoys to Iraq but it is they who are getting slaughtered, as the Egyptian one has just been.



If Iraq is indeed "vital to the future security" of America ? and, by extension, all of us ? as Bush says, he has made it so.



In Afghanistan, where the war was won long ago, the war goes on. Civilians still die under "friendly fire," prompting even the American puppet Hamid Karzai to complain publicly. Raids on civilians continue, alienating even more people.



It's not just the Muslims who are up in arms, as a worldwide poll by the Pew Research Centre shows. China's image is now better than America's. Canadians lead those who think of Americans as violent. The biggest reason cited for the widespread anti-Americanism is Bush and his policies.



There is no easy answer to how we should proceed. But a dose of honesty would be a good start.





Haroon Siddiqui is the Star's editorial page editor emeritus. His column appears Thursday and Sunday. hsiddiq@thestar.ca

6:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Juliana diz tem saudade do terrorista carlos meu homónimo.
Não é preciso dizer mais nada, as máscaras tombam.

6:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Como foi referido algures aqui anteriormente embora não por mim, não vale a pena insistir com casmurros. Insistir, sublinho, não debater.
Para finalizar, pergunto a Bom Selvagem que me diga em que é que as 2001 noites contraria o establishmente árabe que o faça proibi-la.
E qual a comparação que existe entre uma estação chatear um Herman e um Estado obrigar sob pena de prisão, no mínimo, uma obra clássica a ser banida?
E quem perseguiu os judeus (isso de terem sido exterminados é exagero seu para inflectir o discurso) não fômos nós os que hoje respeitamos e estimulamos a democracia mas uma classe dessa época tão bárbara como todos os bárbaros de todo o lado.
Teremos nós de "compreender" e aceitar levar agora com a tranca só porque no passado houve gente procedendo assim?
Este é que é o problema. A tendência devia ser caminhar-se no sentido de se chegar a consensos, como disse o dirigente da Autoridade Palestiniana.
Mas, pelos vistos, como um outro comentador defende, querer a paz é estender uma armadilha aos árabes e desejar que não sejam tão radicais e obscurantistas é querer o seu mal.
Em suma e melhor seria que falassem claro: para esses pensadores democracia é que não, está sempre inquinada.
Assim sendo, que esperam senão que eles respondam da mesma maneira?
Tal como os israelitas - e não me refiro obviamente aos radicais desse lado - que se defendem com unhas e dentes?
Ainda ontem um dirigente árabe o dizia: é um belo presente envenenado que lhe estão a oferecer. E depois de a coisa rebentar, assobiem-lhe então às botas.

7:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

EDITORIAL
N° 216
Par : Aboubakr JAMAÏ
Les attentats de Londres viennent rappeler l'étonnante et terrifiante capacité des réseaux terroristes, très probablement liés à Al Qaïda, à organiser des attaques coordonnées au c?ur, au nez et à la barbe des services de sécurité les plus performants de la planète. Ces événements interviennent quelques jours seulement après que des officiels américains ont mis en garde les ressortissants américains résidant ou en visite au Maroc et au Yémen contre des menaces terroristes.
Il est une question qu'il importe de se poser :
Comment se fait-il qu'après l'invasion de deux pays, la collaboration entre les services occidentaux et ceux des pays « sources » du terrorisme islamiste, des réseaux parviennent toujours à coordonner et effectuer des opérations telles que celle de Londres ? Faut-il en conclure, comme ne manqueront pas de le faire les tenants d'une ligne dure, que la répression et le contrôle sécuritaire n'ont pas été aussi poussés qu'ils auraient dû l'être ? Y répondre par l'affirmative, c'est accepter que les libertés soient un peu plus rognées. C'est aussi fermer les yeux sur les exactions style Abou Ghraïb, Guantanamo et centre de détention secret de Témara. C'est peut-être aussi accepter l'invasion d'autres pays dans la ligne de mire de l'administration américaine. Rien ne serait plus dangereux que cette stratégie, ou pour être plus précis, la persistance d'une telle stratégie.Y souscrire, c'est refuser d'admettre ce qui est devenu aujourd'hui une évidence. Les réseaux terroristes ne peuvent exister que dans un environnement qui leur est propice. L'injustice flagrante de l'attitude américaine à l'égard de l'affaire palestinienne, les exactions en Irak et à Guantanamo, l'appui, certes vacillant mais toujours valide, à des régimes arabes autocratiques constituent un cocktail explosif qui alimente l'indignation de sociétés entières, première étape vers l'embrigadement par les marchands de mort.
Un excellent article académique publié en décembre 2003 par Laurence Iannaccone, professeur d'économie politique à l'université George Mason aux Etats-Unis, démontre qu'en appliquant les outils de la science économique au phénomène terroriste, on arrive à la conclusion que le « marché » des attentats-suicides est un marché tiré par la « demande » des sociétés et non par « l'offre » des candidats au suicide.
En d'autres termes, l'« offre », en l'occurrence les apprentis martyrs, est inépuisable tant qu'il existe une « demande » pour leurs services par des sociétés qui n'envisagent pas d'autres moyens pour obtenir ce qu'elles considèrent être leurs droits légitimes. Il est par conséquent inefficient de se concentrer exclusivement sur l'élimination de l'« offre » car celle-ci est potentiellement infinie.
C'est la « demande » qu'il faut éliminer en permettant à des communautés réprimées de faire valoir leurs droits dans des systèmes de gouvernance équitables. Son étude détruit la thèse essentialiste selon laquelle le phénomène terroriste est un phénomène islamiste par excellence. L'autre enseignement fondamental de la thèse de M. Iannaccone est que la fin - élimination du risque terroriste - ne justifie pas les moyens - déni de droit, torture. Car en adoptant des méthodes perçues comme illégitimes, on accroît la demande. Le respect des droits de l'Homme et des règles de justice équitables doit absolument borner la nécessaire stratégie policière. Autre conclusion à tirer du travail de M. Iannaccone, l'iniquité de la politique étrangère américaine, mais aussi les régimes qui accaparent les richesses de leurs pays et répriment leurs citoyens contribuent à élargir la « demande » de réactions extrêmes et par conséquent deviennent les alliés objectifs des terroristes.
http://www.lejournal-hebdo.com/

8:19 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

sabe o que está a dizer chamando a alguem hoje terrorista? sr. carlos, sabe? estou chocada! entramos na denuncia! isto ultrapassa tudo. todos os que não concordam consigo são terroistas? então bush já ganhou.

8:55 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

De tudo isto algo gfica claro. Há muita discussão ainda por fazer. mas deixem cair os insultos.
Essa de terroristas, realmente, passa as marcas.

9:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Então a menina juliana não diz-se saudosa do terrorista carlos hoje em dia preso em França? Brincamos?

9:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Vi agora estes últimos desenvolvimentos. E muito me estranha que esta senhora ou senhor que se assina como juliana embendeire em arco como uma pura virtuose quando, sem eu lhe ter feito fôsse o que fôsse, me injuriou aqui e em comentário no post que ali coloquei, como de hábito, em folhetim.
Estou-me nas tintas para o facto de muito justamente não me gramar -como se diz em linguagem que ela percebe. A minha honra é ser odiado por gente como a senhora.
Simplesmente não se apresente como uma vestal porque o que o seu discurso nos mostra é uma pessoa violenta e acintosa.
E mais uma vez lhe digo: apesar dos insultos e veladas ameaças não me intimidam. O mundo cada vez mais percebe o que a vossa casa gasta.
E não me reduzem ao silêncio.
Eu é que decido quando me calar. Porque nunca tentei calar os outros, quer através da imprecação, quer através do insulto, quer através das aparalhagens próprias para isso ser feito.
Afinal eu acredito na democracia que tanto detestais...

10:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

JALLIANVALA BAGH MASSACRE, involved the killing of hundreds of unarmed, defenceless Indians by a senior British militry officer, took place on 13 April 1919 in the heart of Amritsar, the holiest city of the Sikhs, on a day sacred to them as the birth anniversary of the Khalsa.
(...)
According to Pandit Madan Mohan Malaviya, who personally collected information with a view to raising the issue in the Central Legislative Council, over 1,000 were killed. The total crowd was estimated at between 15,000 and 20,000, Sikhs comprising a large proportion of them.
The protest that broke out in the country is exemplified by the renunciation by Rabindranath Tagore of the British Knighthood. In a letter to the Governor General he wrote: "... The time has come when badges of honour make our shame glaring in their incongruous context of humiliation, and I for my part wish to stand shorn of all special distinctions by the side of those of my countrymen who, for their so-called insignificance, are liable to suffer degradations not fit for human beings...." Mass riots erupted in the Punjab and the government had to place five of the districts under martial law. Eventually an enquiry committee was set up. The Disorder Inquiry Committee known as Hunter Committee after its chairman, Lord Hunter, held Brigadier-General R.E.H. Dyer guilty of a mistaken notion of duty, and he was relieved of his command and prematurely retired from the army. The Indian National Congress held its annual session in December 1919 at Amritsar and called upon the British Government to "take early steps to establish a fully responsible government in India in accordance with the principle of self determination."
(...)
http://www.sikh-history.com/sikhhist/events/jbagh.html

11:29 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

General Belgrano
Siendo las 16:00 hora oficial de Argentina (.Hof +3) - 19:00 [07:00 P.M.] hora oficial de Greenwich (.GMT) - 20:00 [08:00 P.M.] hora oficial de Inglaterra (.Hof -1) - del domingo 2 de mayo de 1982, el Crucero A.R.A. General Belgrano fue hundido en Latitud 55º 24' Sur y Longitud 61º 32' Oeste, por el submarino nuclear HMS Conqueror, fuera del límite de la zona de exclusión inglesa en el Atlántico Sur por dos torpedos, provocando la muerte de 323 argentinos de los cuales 200, tenían entre 19 y 20 años.

11:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

The Opium War
The Opium War, also called the Anglo-Chinese War, was the most humiliating defeat China ever suffered. In European history, it is perhaps the most sordid, base, and vicious event in European history, possibly, just possibly, overshadowed by the excesses of the Third Reich in the twentieth century.

By the 1830's, the English had become the major drug-trafficking criminal organization in the world; very few drug cartels of the twentieth century can even touch the England of the early nineteenth century in sheer size of criminality. Growing opium in India, the East India Company shipped tons of opium into Canton which it traded for Chinese manufactured goods and for tea. This trade had produced, quite literally, a country filled with drug addicts, as opium parlors proliferated all throughout China in the early part of the nineteenth century. This trafficing, it should be stressed, was a criminal activity after 1836, but the British traders generously bribed Canton officials in order to keep the opium traffic flowing. The effects on Chinese society were devestating. In fact, there are few periods in Chinese history that approach the early nineteenth century in terms of pure human misery and tragedy. In an effort to stem the tragedy, the imperial government made opium illegal in 1836 and began to aggressively close down the opium dens.
(...)
http://www.wsu.edu:8080/~dee/CHING/OPIUM.HTM

11:40 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Traduzam lá isto! Já não há resendes de serviço? Ómãi!

11:45 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

UNIT II - Racism

ADDITIONAL UNIT GOALS:

PERFORMANCE OBJECTIVES
1.The student will be able to define and give examples of anti-Irish racism, and relate them to the Irish Famine experience.

TEACHING/LEARNING STRATEGIES AND ACTIVITIES
A.Students will learn that anti-Irish racism and anti-Catholic discrimination have been an inherent part of British colonial rule in Ireland. Students will also examine this racism in the context of racism against other peoples.

(...)

One victim of the trade was a Ghana man, Ottobah Cugoano, who was kidnapped at 13 and taken to the British West Indies as a slave. Later he was brought to England and freed. He commented bitterly on the British:

"Is it not strange to think that they who ought to be considered as the most learned and civilized people in the world, that they should carry on a traffic of the most barbarous cruelty and injustice, and that many are become so dissolute as to think slavery, robbery and murder no crime?"

Britain also colonized many African countries, including: Uganda, Kenya, Nigeria, Gambia, Sierra Leone, Gold Coast, Cameroons, Egypt, Zanzibar, N. Rhodesia, S. Rhodesia, Swaziland, Somalia, Tanganyika, Basutoland, Seychelles, Mauritius, Togoland, and South Africa (Transvaal, Orange River, Natal, Cape Colony).

There were slave uprisings in Jamaica in 1669, `72, `73, twice in 1678, `82, `85, `90, 1733, `34,'62, `65, `66, 1807, 1815 and 1824. The last rebellion was led by Samuel Sharpe. The British executed him along with all the other leaders of the revolt, but his action did lead to Britain abolishing slavery. In the 1830's the British government paid the West Indian slave owners 22 million Pounds as compensation for the loss of their slave property. The slaves were not compensated.

(...)

http://www.nde.state.ne.us/SS/irish/unit_2.html

11:47 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Rabbit-Proof Fence (2002)
This is the true story of Molly Craig, a young black Australian girl who leads her younger sister and cousin in an escape from an official government camp, set up as part of an official government policy to train them as domestic workers and integrate them into white society. With grit and determination Molly guides the girls on an epic journey, one step ahead of the authorities, over 1,500 miles of Australia's outback in search of the rabbit-proof fence that bisects the continent and will lead them home. These three girls are part of what is referred to today as the 'Stolen Generations.'
http://www.imdb.com/title/tt0252444/plotsummary

11:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Este é o mesmíssimo tipo de retórica que os serviços secretos nazis utilizaram contra a Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial.
Talvez seja oriundo do mesmo sector, como os neo-nazis.

11:55 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não percebi essa do "pseudo-pacifismo cobarde". Se o Islão desde o início fez a sua expansão pelo belicismo, que sugere o Ruy que se faça? Acabamos com eles? Lou-Andréas Salomé e Marcel Proust não me parecem grandes autoridades em geo-política. Eu também não sou. Mas acredito que se pode mudar pelo exemplo dos outros. Resta saber em que sentido.

11:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Está tudo louco!

2:15 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Luta contra terror falhou

"Quatro anos depois do 11 de Setembro a estratégia contra o terrorismo é um falhanço". Comentando os atentados de Londres, Mário Soares voltou à carga com os seus argumentos que atacam o que considera ser o "extremismo ocidental" personificado no presidente norte-americano George W.Bush.

Neste sentido, criticou toda a estratégia de prevenção segundo a lógica da guerra, mas também se opôs à maior vigilância das comunicações telefónicas entre as pessoas. "Acho isso um erro", sustentou Soares dizendo "que não se mantém liberdades sacrificando as primeiras para obter outras".

Segundo o ex-chefe de Estado, "a estratégia está viciada". "Pensa-se que é só com uma estratégia militar que se resolve o terrorismo (...) Pensou-se que o mundo devia estar em guerra contra o terrorismo que é uma coisa vaga que não se sabe de onde vem ", começou por dizer Soares, para sustentar, em seguida, que "não só o terrorismo não está a diminuir como está a aumentar e ataca em toda a parte e todas as direcções".

O argumento de Soares é o de que é necessário procurar as "causas do ressentimento" porque poderá haver "condições de revolta" que justificam aquele tipo de actos. "Pessoas cheias de ódio não são capazes de entrar em esquemas de vinança?", questionou.

Para Soares, um cidadão mulçumano que tenha assistido aos bombardeamentos que foram feitos sobre Bagdad e tenha visto os seus familiares morrerem e as cidades serem destruídas, "não fica satisfeito e não considera isso um 'fait divers". "Não se pode protestar contra o horror e ficar horrorizado perante os actos terroristas que aconteceram e considerar que isso é muito mais grave do que aqueles que mataram milhares de pessoas no Iraque, no Afeganistão e na Palestina".

Para Soares, não usar este argumento é "não querer mexer nos problemas". Mas, em seu entender, "isso não é aceitável". "Sou contra o terrorismo, mas contra toda a espécie de terrorismo, não só contra o terrorismo islâmico global, mas contra o terrorismo de Estado". Segundo o ex-chefe de estado, por de trás dos terroristas estão entidades que vendem os explosivos, as armas, o dinheiro que alimenta aquela logística cara e numerosa, mas "ninguém quis fazer um inquérito a isso, é tabu".

Assim sendo, enquanto continuar "inquinada", entende Soares, a luta contra o terrorismo não conseguirá ser ganha. O que Soares considera é que "os estados teocráticos não são tocados". "O extremismo ocidental, sobretudo da administração Bush facilita o extremismo nesse tipo de Estados, como o Irão", sublinhou.

9:16 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Diz "o bom selvagem":
"os próprios recortes traduzem uma opinião ou ideia que os próprios são demasiado ignorantes para sequer reproduzirem por palavras suas".

(...)você tem razão. Ninguém ignora que eu sou um camelo. (...)
Enquanto você é a própria sabedoria (...)
[Eça de Queirós, Segunda carta a Pinheiro Chagas]

10:55 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Anonymous não é um camelo. Bom Selvagem não o afirma. Anonymous é que o refere para enxovalhar melhor, como vítima, a opinião de Bom Selvagem. É uma táctica conhecida, mas que só é encenada por consciências que, da ironia, só extraiem malabarismos e sabem ser acintosas.
Quanto a Mário Soares, só faltava que se encarasse como um guru. Não o é e já demonstrou suficientemente como se pode enganar.
Está mais que sabido que o incremento do terrorismo faz parte da escalada típica nestes casos.
Se lá estivesse o Kerry era o mesmo panorama. O terrorismo destes bons moços não existe porque existe um bush ou ou catrapush, isso são detalhes de táctica.
E aquilo a que Soares chama terrorrismo de Estado está ali para lhe dar razão, como demagogia fácil em que é perito.
Dantes, a propósito da sua acção em África, os seus áulicos também falavam numa descolonização exemplar. E viu-se o que foi.
Gostaria de dizer a Margarida que a solução evidentemente não está em matar os islâmicos todos. Somos cretinos, nós os deste lado?
A solução está em resistir aos radicais e deixar, ajudando, que se criem condições para que "o mandato de Deus", como muito bem disse Rui Lage, não seja uma força e um pretexto para uns destruirem o mundo não islâmico.
No entanto, aqui mesmo neste blog, um comentador, creio que este Anonymous ou outro do género,defendeu a tese peregrina de que propor a democracia era exportar a democracia e era feito para se dominarem melhor os muçulmanos, pondo-os a comprar coisas nos supermercados...
Mas não é isso, até, que os seus imigrantes tentam fazer???
Mas a solução já se percebeu qual seja, na opinião destas boas almas: morrermos todos, ou pelo menos uma maior parte, para deixar existir à vontada a salutar não-democracia (que substituirá então, vingando os despeitados o que a não-democracia estalinista não conseguiu fazer).
Nessa altura, ficaremos todos tão felizes...
E acho que anonymous devia deixar de ser um fantasma, como os seriall-killers que se acoitam na sombra.

2:10 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Ninguém ignora que eu sou um camelo" é uma frase de Eça de Queirós. Pinheiro Chagas também não afirmou que Eça de Queirós era uma camelo...

2:31 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olha meu filho, deixa-te de tretas. Por esta resposta, tomando os outros por iletrados, já mostraste a tua estatura. Portanto não te vou dar mais atenção. E já que falas em Eça, aqui tens uma frase duma das titias de Artur Curvelo que te assenta como uma luva na cachimónia: "A mana tem lembranças que parecem esquecimentos".
E já agora tem a coragem de aparecer a público com nome, por muito ridículo que eventualmente seja. Só te faria bem, rapaz esperto.

2:38 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O aparelhómetro comeu, por minha culpa decerto, a identidade: ns

2:39 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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1:21 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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11:10 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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1:19 da manhã  

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