Da televisão
A televisão está a dar cabo do imaginário colectivo. Melhor dizendo, o mediatismo promovido pela televisão, que coloca ao mesmo nível santos e vigaristas, homens íntegros e meros manobradores... Eleva-se a bizarria e a fama ? e esconde-se a valia que há por esse mundo. Ultimamente, temos assistido a uma espécie de necrofilia (Cunhal e Eugénio de Andrade foram os últimos de uma fila, em que já estiveram Karol Wojtila, Diana, Ayrton Sena, Teresa de Calcutá, Amália Rodrigues, Sousa Franco...). Mostram-se os mortos, porque acarretam multidões, mas, quantas vezes, esconde-se a sua obra, positiva ou negativa.
Ruy Ventura
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