15.5.05

Estamos tratados #2

Vejo no Le Monde um artigo escrito por vários dirigentes socialistas, digamos, social-democratas verdadeiros, de origem belga, francesa, italiana e alemã apelando ao voto "não" no referendo sobre o Tratado-Constituição europeu-eia.

Depois do "não" de Laurent Fabius, que não tem nada de esquerdista, pelo contrário, nem nada de soberanista, pelo contrário, mais estas vozes deviam pelo menos fazer pensar todos aqueles que, de boa vontade, vão votar sim porque acham bem.

Não quero que adiram aos meus esquerdismos evidentes e transparentes, mas, pelo menos, parem para reflectir: uma constituição que castra todas as políticas sociais, firmando na pedra para todo o sempre, NUM TEXTO CONSTITUCIONAL, asneiras que eram apenas regulamentares (como o estúpido, três vezes estúpido, equilíbrio orçamental, digno de Salazar e de Ferreira Leite, que impedia qualquer estímulo keynesiano, fosse em que circunstância fosse), não merece respeito.