4.4.05

A minha triste figura na festa da D. Quixote.

Apanha-se um táxi com um motorista que nos diz que o Jardim do Tabaco foi todo abaixo. Saímos na Rua dos Remédios, quando nos apercebemos que a coisa não está brilhante. Depois, já em plena escuridão do Jardim do Tabaco, leva-se com a cancela do parque de estacionamento em pleno toutiço.Fica-se com um "galo" jeitoso e aquela sensação de incredulidade de estar dentro de um desenho animado.
Finalmente, entra-se em "A Lua". Música, vipalhada à lisboeta, meninos e meninas de máquinas na mão a tirarem-nos fotos e a dar polaroides ao povo e à nobreza. A D. Quixote faz 40 anos e o pessoal anda satisfeito.
O administrador, João Paixão, faz o discurso da praxe e relembra os fundadores Snu Abecassis e Neves Pedro.
"(...) Num tempo em que o romantismo está fora de moda e o idealismo é considerado 'careta', reafirmamos a ideia dos nosso fundadores (...)".
Corta-se o bolo de aniversário, champanhe, parabéns, bar aberto, este escriba atira-se furiosamente para a pista de dança, quando ouve "Don't get me wrong" dos Pretenders. Antes disso já o editor João Rodrigues andara a voltear na pista com Rita Ferro, ao som de um bom rock and roll.
Depois, atiramo-nos como gato a bofe ao Livro de Honra e enchemos uma página. Ora toma! A rapaziada que andou por lá a rabiscar o livro estava tão cheia de entusiasmo que escreveu uma mão-cheia de dedicatórias no papel protector.
Uns 20 minutos depois da uma da matina, batemos em retirada, recebendo à saída um saquinho com "Lisboa, livro de bordo", de José Cardoso Pires. Bem escolhido.
Obrigado, D. Quixote.

Luís Graça