16.3.05

Os bois de Apolo.



Hermes nasceu pela manhã. Ao meio-dia já tocava cítara e à tarde era um consumado ladrão de bois.

Nesta imagem extraordinária, que surge numa hídria datada de 530 a.C., Hermes está deitado no seu berço, enquanto Apolo, Maia e Zeus (estes últimos mãe e pai do recém-nascido) discutem acaloradamente. Apolo queixa-se que o pequeno Hermes assaltou o rebanho dos deuses. Deitado no berço, Hermes nega tudo. Mas, depois, acaba por confessar o crime. E sem muito esforço, graças ao som irresistível da lira que ele próprio inventara, consegue convencer Apolo a aceitar este instrumento em troca dos animais. Desta forma, a lira passou a ser propriedade de Apolo que, desde então, se tornou um admirável intérprete da lira. E Hermes, por sua vez, ficou na posse dos bois que roubara.