25.2.05

Señor Tallon #106

Na sua quase quotidiana crónica, Eduardo P. Coelho aborda o magno problema dos hinos, pesando mais fortemente sobre o dos carteiros, esses portadores de metáforas. E diz a certa altura:

"Embora a gente possa imaginar um hino aos animais domésticos ou às árvores do quintal, os hinos são sobretudo formas de tornar o que é colectivo mais unido nessa dimensão: os sportinguistas são mais sportinguistas, os algarvios mais algarvios, e, no caso supremo, os portugueses mais portugueses."

O que foi ele dizer! Como é possível uma pessoa que deve estar a preparar-se para ir para Paris ter ficado assim encurralada no cantinho pátrio e não se ter lembrado que o hino pode ter maiores ambições, voar mais alto e mais longe.

Já para não falar nos hinos religiosos, a Deus. à Virgem e ao Diabo-a-Sete, não nos esqueçamos do "Hino à Alegria" com música de Ludwig van Beethoven e letra de Friedrich von Schiller.

Depois, dá-me a ideia de que ele está a gozar com as árvores do quintal, que não lhe fizeram mal nenhum e não se podem defender.