Post Scriptum # 500
P.- Diga-me: o que pensa do cinema português?
R.- A essa pergunta não posso deixar de responder com a maior clareza.
P.- Muito bem. E do teatro?
R.- Mutatis mutandis, a minha resposta é a mesma.
P.- Quer dizer-nos o que pensa acerca da renovação dos valores no cinema?
R.- Quero.
P.- E nas outras artes?
R.- Também.
P.- Acha que o cinema sonoro é mais artístico do que o mudo?
R.- Depende: para os surdos, o cinema sonoro é mudo.
P.- E entre René Clair e Eisenstein, qual escolhe?
R.- Com certeza.
P.- Gosta dos primeiros filmes de cow-boys do Ford?
R.- De quantos cavalos?
P.- Qual lhe parece ter maior valor expressivo - o teatro ou o cinema?
R.- Sim.
P.- Acha fundamental e difícil a função do operador, a quem incumbe gravar as imagens das estrelas na película virgem?
Q.- Impressionar uma virgem é sempre fácil.
P.- E a montagem?
R.- Não seja malcriado.
P.- Quando vai ver um filme português, do que gosta mais?
R.- Dos intervalos.
P.- Qual dos irmãos Marx prefere?
R.- O Karl.
P.- Queira dizer o nome de um grande vulto do cinema.
R.- O Jacques.
P.- Tati?
R.- Tou bem, obrigado.
José Sesinando.
Citado pelo melhor Bar da blogosfera.
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