18.12.04

Cimbalino Curto #125

Afinal, cometemos a maior das injustiças ao insistir na ideia de que Rui Rio era alérgico a tudo quanto cheirasse a cultura. As suas declarações a propósito da atribuição do Prémio Pessoa ao romancista portuense Mário Cláudio, são uma espécie de manifesto em defesa do papel da cultura para a projecção da cidade. Permitam-me que abra umas pomposas aspas para as sábias palavras do senhor presidente da Câmara: "Esta distinção vem reconhecer uma personalidade e uma vasta obra em prol da cultura, em que o Porto se revê e se orgulha. (...) A obra de Mário Cláudio, que tem no Porto a principal fonte de inspiração, projecta a sua 'cidade querida' para a ribalta dos que cultivam os valores culturais na mais nobre da sua expressão."