23.11.04

Ilha dos Amores #111


Peter Paul Rubens, A escolha de Midas, 1634.

No duelo musical que opôs Pã a Apolo, Midas, rei da Frígia, considerou que o primeiro tinha sido melhor. Apolo, indignado com a sua impudência, fez com que crescessem ao rei orelhas de burro. Envergonhado, Midas escondeu de todos o seu segredo sob uma tiara. De todos menos do escravo que lhe cortava o cabelo, a quem o rei ameaçou de morte se divulgasse a sua desgraça. Este, angustiado com o peso de tal responsabilidade, escondeu-se num local isolado, cavou um buraco no chão e confiou à terra o terrível segredo, tapando-o em seguida. Todavia, umas canas que ali existiam encarregaram-se de espalhar, cada vez que o vento as movia, o que Midas pretendia a todo o custo ocultar.

ADENDA
O Mito de Midas, na visão mais terrena de Zé Povão:

O Rei Baboso, ao verificar que o seu reino se estava a afundar, decidiu pedir ajuda às estrelas e salvar-se enquanto era tempo, fugindo para as férteis planicies do Norte. Dos seus validos, aquele que mais se colocou em bicos de pés foi Santa Ana, que um zéfiro colocou no Trono. Quanto a Júpiter, ocupado em escrever sobre os Jogos Olímpicos e com o Cortejo das Panateneias a passar mesmo ao pé do Olimpo, o que o chateava bastante, bocejou com bonomia perante a investida do nauta Portas. E foram os mortais que se lixaram, mais uma vez...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

muito bom eu te elogio

9:39 da tarde  

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