Umbigo #88 (ainda a propósito das palavras de Delacroix).
De facto, séculos e séculos de história e nada mudou. De um lado, os artistas que caminham em cima de andas, exibindo o seu irresistível nariz falso, com exuberante fogo de artifício no rabo e brilhantes filigranas pendendo de tudo quanto é lado - ah, mas que efeito extraordinário! Porque acreditam que simplicidade é sinónimo de banalidade. Porque acreditam que excesso é sinónimo de genialidade.
E do outro, os artistas que procuram a beleza na simplicidade, que querem ser claros, que usam palavras simples, despidas, que não perdem de vista a transparência, digamos, matemática da realidade.
E, ao longo de toda esta história, quem demonstrou ter mais tomates?
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