Post Scriptum #376
Marin Sorescu
(Roménia, 1936-1996)
CAPRICCIO
Todas as noites
Junto as cadeiras da vizinhança,
As disponíveis,
E leio-lhes versos.
As cadeiras são muito receptivas
À poesia
Se soubermos como as dispor.
Por isso
Fico emocionado,
E durante algumas horas
Conto-lhes
A morte maravilhosa da minha alma
Ao longo do dia.
Os nossos encontros
São habitualmente sóbrios,
Sem entusiasmos
Inúteis.
Seja como for,
É possível dizer-se:
Cada um fez o seu dever,
E pode seguir
Adiante.
Tradução Colectiva.
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