Post Scriptum # 299
Carlos Oquendo de Amat
(Puno-Peru,1905 - Navacerrada-Espanha,1936)
MÃE
O teu nome chega devagarinho como as músicas humildes
e das tuas mãos esvoaçam pombas brancas
Na minha recordação vestes sempre de branco
como as crianças no recreio que os homens olham de longe
Nos teus braços morre um céu e outro nasce da tua ternura
Quando estou pensando o carinho abre-se a teu lado como uma flor
Entre ti e o horizonte
a minha palavra é primitiva como a chuva e os hinos
Porque ante ti se calam as rosas e as canções.
Tradução inédita de Nicolau Saião
(Tradução realizada a partir do livro "20 contos e 50 poemas peruanos", seleccionado e anotado por Victor Soracel, e oferecido ao tradutor por E. A. Westphalen, em 1982).
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