14.6.04

Post Scriptum # 260



POEMAS DE ÍNDIOS NORTE-AMERICANOS (1ª PARTE)

Todo o sudoeste é uma casa
Feita de penumbra. Foi feita de pólen
E de chuva. A terra é antiga e durará
Para sempre. Há muitas cores nas colinas
E na pradaria e uma vegetação sombria
Cobre a montanha ao longe. A terra é fértil e forte
E a beleza enche tudo à nossa volta.

(Pueblos)


Saiu a lua, branca como a folha do machado
E o meu machado é uma lua pequena
O sangue do alce brotará sob a lua
Unirá a lua grande e a lua pequena
E o fogo da vida será como um sol
No coração dos caçadores.

Machado, agradeço-te o fogo da vida
Alce, agradeço-te o fogo da lua
Da grande e da pequena lua
Vê que vais viver para sempre no nosso coração
E serás o sol e as pequenas luas
Grandes como o fogo que circula
No interior da floresta.

(Ojibway/Chipewa)

Tradução inédita de Nicolau Saião a partir de poemas arrolados por David Hurst Thomas e Richard White, e incluídos em "The native Americans".