Post Scriptum # 247
CHUVISCO DE MOSCOVO
Óssip Mandelstam
Reparte avaro o friozinho
de pardal, pluma que tremeluza -
um pouquinho a nós e à folhagem,
um pouquinho às ginjas na bandeja.
E cresce o referver no escuro -
os farfalhos lentos de chá
regalam-se no verde escuro
como um formigueiro do ar.
O vinhedo de gotas frescas
na erva pinga buliçoso:
qual viveiro de frio aberto
nesta campónia Moscovo.
Tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra.
[Imagem: Yuri Pimenov, Nova Moscovo, 1936. Respigada no Abrupto: da sua excelente série "Os Dez da Tretyakov".]
1 Comments:
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