28.5.04

Post Scriptum # 245

Para os delicadinhos da silva (2ª parte)



Do "Tratado de civilidade e etiqueta", de Mireille de Gencé (1912).

"(...) O homem deve tirar o chapéu com um gesto natural, sóbrio e elegante se tal for possível. Descubram-se, então, quando cumprimentarem, mas não exagerem o gesto a ponto de tocarem com o chapéu no joelho.(...) Não deve mostrar-se o forro do chapéu.
Nos chapéus de feltro duro, pega-se pela aba. Nos chapéus que sejam leves ou moles, pela parte superior da copa.(...) Nunca deverá levar-se o chapéu mais abaixo do nível do ombro.
Ao cumprimentar com a cabeça, a inclinação do busto deve ser acentuada mas natural e sem rigidez e sem a pose pretensiosa do "adesivo", que se dobra a meio deixando pender os braços num gesto perfeitamente ridículo.
Quando as senhoras entram num salão, o dono da casa curva-se com tanta deferência como se fosse ele que entrasse em casa delas. Para com os homens o seu cumprimento é simples e cheio de afabilidade.
Não se cumprimenta mais duma vez a mesma pessoa com ligeiro intervalo, pois é preferível não atrair a atenção com repetidas saudações, que podem afigurar-se importunas.


Tradução de Nicolau Saião