7.5.04

O Silêncio É de Ouro #74

É difícil evitar os adjectivos quando se pretende falar de Spiritual Unity. Mesmo que seja apenas para dar algumas pistas. Editado pela ESP, em 1964, é provavelmente o melhor disco de Albert Ayler. Gravado em trio, com Gary Peacock (contrabaixo) e Sunny Murray (bateria), é uma das obras fundamentais do free jazz. Uma espécie de declaração de liberdade, com muitas revoluções por dentro. Profundamente espiritual, como sugere o título, mas igualmente carnal. Mais carnal, aliás, seria impossível. Poucos conseguiram ir tão longe na exploração dos territórios do jazz como Ayler. Obrigatório.

Raul Silva