27.1.04

Post It #54

Num post recente, Caim relata a estranha relação de afinidade que terá surgido entre o artista David Daniel e uma embalagem de Bongo. Este texto foi uma extraordinária descoberta, pois permitiu-me fazer uma leitura totalmente diferente de um dos meus poemas preferidos de Sandro Penna. São apenas dois versos que ganham agora uma nova, inesperada e reveladora luz. Este é o poema:

Imóvel e perdido, lentamente
ia animando no escuro a mão.


Assim, parece-me óbvio que o que Penna tentou mostrar foi a extraordinária beleza que pode existir no simples acto de beber um refrigerante a meio da noite. Apenas uma dúvida persiste: Penna estaria a pensar num bongo ou antes num capri-sonne?