Post Scriptum #99
Aproveito o facto de o problema no computador estar mais ou menos resolvido para publicar o segundo texto da poetisa grega Jenny Mastoráki (n. 1949), em tradução inédita de Manuel Resende. Há uma breve apresentação da autora em Post Scriptum #97.
A ALEGRIA DA MATERNIDADE.
À noite faço trabalhos perigosos.
Ato cordéis compridos
de janela para janela
e penduro jornais clandestinos.
Que queres, a poesia já não dá.
Já outros disseram tudo, dizem.
E depois, há já muitas que cantam
a alegria da maternidade.
A minha filha nasceu
como todos os bebés.
Ao que parece
vai deitar fortes pernas
para correr rápida nas manifestações.
To Soi, Kedros, 1978.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home