Ilha dos Amores #6
A Teresa Rebelo enviou-nos esta sugestão para a nossa rubrica dedicada às artes plásticas: um brevíssimo mas esclarecedor apontamento sobre o famoso construtor de mobiles Alexander Calder.
Alexander Calder, Boomerangs, 1941
As esculturas irrequietas
Alexander Calder nasceu na Pensilvânia (E.U.A.) em 1898 e morreu a 11 de Novembro de 1976 em Nova Iorque. Escultor experimentalista com formação em engenharia, ficou conhecido sobretudo pelos mobiles - criaturas feitas quase sempre de arame e alumínio, mais ou menos coloridas, mais ou menos gigantescas, que hoje sobrevoam cabeças em museus de todo o mundo. Alguém disse que os mobiles de Calder "sintetizam a abstracção linear de Mondrian, as formas biomórficas de Miró* e as experiências de escultura cinética e em suspensão de Duchamp". Para mim, sintetiza um período da nossa vida que a memória não consegue alcançar. Aqueles primeiros meses, em que deitados confortavelmente na cama, aconchegados de cinco em cinco minutos por mãos de mãe, inocentes e felizes, dizemos gugu dada.
*Não é por acaso que na Fundação Joan Miró, em Barcelona, pode ser apreciada "A Fonte de Mercúrio", uma obra de Calder oferecida pelo próprio ainda em vida.
Teresa Rebelo
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