30.9.03

Cimbalino Curto #8

No Capítulo X da "Descrição Topográfica e Histórica da Cidade do Porto" (1788), da autoria de Agostinho Rebelo da Costa, podem ler-se vários apontamentos de grande interesse sobre as mulheres ilustres do Porto. Entre as histórias mais relevantes, encontra-se a de Madre Maria Vitória, religiosa no Convento de Santa Clara, que nasceu em 1601 e morreu ao cabo de 136 anos, em 1737. De acordo com Rebelo da Costa, o caso era tanto mais admirável quanto "nunca se lhe fez o cabelo branco, nem perdeu o juízo, nem se lhe diminuíram as forças, nem lhe caíram os dentes". E, segundo o mesmo autor, estes episódios eram relativamente comuns nesta cidade. A explicação era simples: de todas as cidades do Reino, o Porto era aquela que possuía o clima mais "benigno e saudável".